RAIZ ANCESTRAL DO LADO MATERNO (MATRIARCAL)

TIA Nide, Vó e Mãe  - As 3 nagôs

Essa iria pra, se vivas ainda fossem, minha bisavó, Dona Hermínia, que eu chamava de vó; minha vó, Dona Nega, de nome Almerinda, a quem eu sempre chamei de mãe, que vinha a ser filha de Dona Hermínia, E Vai para Renildes, filha de caçula de Dona Hermínia e irmã de Nega que a chamavam de Nide. Ela chamava a mãe de mãe e a irmã de Nega e pedia benção às duas;Pra mim é Tia Nide. Também pra minha mãe, Isabel, apelidada de Guinho e filha de Dona Nega, a quem eu chamo de mainha.
Eu, bisneto de Ermina, neto de Nêga. Fíi de Guimho e subrinho de Nide, para todas sempre fui Guel, pois pela vontade delas era que eu fosse batizado por nome de Miguel e meu pai registrou Hamilton. Sou Guel de Guinho, porque tinha Guel de Mundinha, a quem eu chamava de Tia Mundinha que era filha de Dona Etelvina, cartomante e amiga das minhas nagôes; mais isso só se estivessem conversando entre elas, com Mariquinha, pu com aquele povo antigo da Serrinha comunidade na entrada da cidade de Jacobina, onde nasci e  elas chegaram por volta dos anos 30, século passado.
As 3 negras, firmes  no costume nagô da matriarca que era filha da primeira geração negra liberta do cativeiro. Catolicismo disfarçante e prece com os encantados, quando eu era pequeno lembro que elas frequentaram o Terreiro de dona Duminga, sendo ativas na culinária religiosa.
Tia Nide hoje mora no Alto do Cruzeiro em Salvador, no Bairro de Pernambués, para onde se mudou com minha vó em 2006. Sempre apareço por lá, apesar de 1 ano ausente; é uma Quebrada que considero e sou considerado, cervejinha, caranguejo, acarajé, café na padaria, pastel no fim de linha, dominó em botecos. São exemplos de eventos que sempre participo, interagindo com a Comunidade. Até na Baixa do Manu, pra desespero de Tia Nide que diz que é um local perigoso, sempre entrei pra ver os amigos, pela entrada da LIP como pelos ladeirões ou escadas no fim de linha dos ônibus.
 Pernambués, assim como a Serrinha, é uma antiga comunidade negra em Salvador, deve ter sido Quilombo, com certeza, passear em suas ruas de manhã e aquele cheirinho de feijão com folha de louro e couro de toicinho dentro cozinhando na pressão, é marcante.
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