ESTILO NEGO DITO (Nas Quebradas do Itamar )

Vem Neném,
Neném Venha 
Caso objeção não tenha
Ou não precise de senha 
Venha !
Caso não lhe seja vilte
Aeh o convite,
Pastel na Vila Matilde,
Como !
Como não ?
E se fosse na Penha?
Então venha!
É como se fosse na Penha. 
Ficamos de bobeira 
Debaixo da figueira 
Sem eira nem beira
Feito pastel desfeito 
Caldo de cana na Feira

OUTRA VEZ O AMOR

Na beira do Maracaçumé

Assobiando  e fazendo canções 

Adelino fez sua profissão de fé 

A sina de confortar corações

Cantando as peças que o amor prega 

Com suas  tristezas e desilusões 

Sucessos  inesquecíveis da música brega 

Cantados por um passarinho 

Aninhado no Maranhão 

Estava triste por ter  amado

A quem só lhe devolveu  a ingratidão 

Uma dor alojada em seu coração

Movia e comovia o embriagado 

Cantor apaixonado do povão


Bebia, bebia porque sofria

Bebia assim como eu

Quem nunca bebeu algum dia

Nem amou nem tampouco sofreu

Bebe chora  feito  menino

Quem lembra é  porquê  não esqueceu 

Quando lembrou doeu

Tava escutando  Adelino


Quando  conheci Madalena 

Ouvindo Adelino eu estava

O passado hoje condena

Bebia cachaça e chorava

Inda choro pois ainda  sei

Que quem tanto amei

Na verdade não me amava.


Vou deixar este bar

Sair pela rua, vou caminhar

Me iludi novamente 

Vou me apaixonar 

Sempre na minha mente 

A ideia é  quente 

Um dia a gente 

Vai se encontrar 

Seja por onde for

Quero ver o desejo se realizar 

Ao som do considerado cantor

Aprecio a sua  beleza 

Esqueço a  tristeza 

Outra vez o  amor 

BATUQUE NO MEU CORAÇÃO

Frevo, galope, merengue, baião
Frevo, galope, merengue, baião
Tum, tum, tum, tum
Tum,  tum por você 
Batuque no meu coração 

Na Estação do Metrô 
Fingiu desconhecer
Nem me viu entristecer
Esqueci onde vou
Desembarcou no caminho 
Trecho sigo sozinho 
Faz frio onde estou 
Vazio  é  o ambiente 
Passado, futuro, presente 
Parece que se acabou 

Frevo, galope, merengue, baião
Frevo, galope, merengue, baião
Tum, tum, tum, tum
Tum,  tum por você 
Batuque no meu coração

ADEUS JACOBINA

O Vei Jacobina, pseudônimo de Valdemar Ramos Oliveira que faleceu essa semana no sertão da Bahia dend'os 93 anos que ia interar em julho...