O NOME DA MUSA

Andaram por aí especulando 
Quem seria a tal "musa das musas"
Que tanto inspira esse embolador
Insinuam que ela seja
O seu grande amor 
A conversa se espalhou 
Eu não sei qual foi a fonte 
Mas confesso que acertou
Então deixe que o poeta conte 
Continuo-a amando
Sem ter nada a esconder  
Vou até  fazer uns versos confirmando 
De improviso, na titela
Não me faço de rogado 
Falarei no nome dela 
No meu coração está 
Sou um homem apaixonado  
Nesse mundo pra mim não há 
Uma criatura mais bela 
No meu mundo ideal
Estaria ao lado dela  
Farei uma erótica declaração 
Pois minhas rimas  asexuadas não são 
Tem sempre uma intenção 
Meio lirismo meio tesão
Ela vai dormir comigo 
Meu corpo será seu abrigo 
Do seu sexo tenho fome
Sentir-se-á protegida, abrigada do perigo 
Minha língua escreverá seu nome  
Abaixo do seu umbigo  
Eu queria encontrar as mais belas palavras 
Tão belas que combinassem com seu jeito 
Mas, bobo, admirado 
Não pronuncio direito 
Em meus sonhos eu te chamo
É  tanta beleza 
Que só sei dizer que te amo 
Disso eu tenho certeza
A vida seria bela
Se o meu caminho
Caminhasse
No caminhar 
Dos passos dela

VÍCIO


Meu vício 
Deliro durante o sono
Passeava eu você e a tarde
Sendo  somente sonho
Longe da realidade
Acordei sabendo
Sei ser muito difícil
Diria, até, impossível
Mas gostar de você
Sempre foi meu maior vício
A mente não lhe esquece
Beijei outras bocas
Senti outras peles
Linguei outros corpos
Mas é seu cheiro que em mim permanece

ADEUS JACOBINA

O Vei Jacobina, pseudônimo de Valdemar Ramos Oliveira que faleceu essa semana no sertão da Bahia dend'os 93 anos que ia interar em julho...