O poeta que amava a natureza,os bichos e as pessoas, rabiscava com tintas coloridas os painéis da formosura. Belo, sublime, suave, certeiro,conscientemente crítico, resistente da existência, portador da sabedoria da vida. Cresci sonhando com coisas belas muito por culpa dos versos desse versador dos encantos.
Compositor, violeiro, ator, cantor, poeta, contador de histórias e um bucado de coisas mais, João Bá, nascido no sertão baiana de Crisópolis, retirante em terras paulistas e hóspede do norte mineiro João Bá assim que nasceu o primeiro dente já foi trabalhar na roça pra ajudar na labuta familiar pela sobrevivência e aprendeu no eito a observar as minúcias poéticas da organicidade entre trabalho e natureza transformando suas impressões em versos.
Artista independente que recusava patrocínio à sua arte para não comprometer a liberdade criativa da sua lavra Defendeu os índios, louvou a resistência de Canudos, relembrava a resistência quilombola, a luta dos ribeirinhos. Falou dos bóias-frias, dos operários e de todos os trabalhadores; denunciou o passado colonial genocida. Defendeu a caatinga e o cerrado de forma enfatica pois lhe eram mais próximos esses biomas , mas esquecer da unicidade do nosso habitat, campo e cidade. Mas não esqueceu da beleza da vida que é o amor pela amada, pela sua gente e o amor maior que é a natureza, o existir e cantou a vida por inteiro.
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