Das 30 leis do cangaço
Lajedos do Caldeirão
Debaixo da pedra um degredo
A foice afia na dúvida
No açoite seco do ingaço
Despenca de lá cima
Se plante tenha medo
A dor por cima do ombro
Enverga o espinhaço
Não vá desistir agora
Ainda é muito cedo
A carne cortada quente
Na ponta do estilhaço
Antes de perder o anel
Conserve inteiro o dedo
Moendo e remoendo
Cuspino fora o bagaço
Aquilo que se ripuna
Sempre tem gosto azedo
Se acaba a munição
Retalha na ponta do aço
Chega de enrolação
Quebre logo esse segredo
Desamarre o nó nas pontas
Libere o aperto do laço
Nos carrascais desse sertão
Quem espera tempo ruim
É lajedo, é lajedo
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