Abdias, Sanfoneiro Derna de Menino.


      Nascido em Taperoá em 13 de dezembro de 1933 e batizado por José Abdias de Farias, filho de Alípio Maria da conceição e Cecília Maria de Farias, Abdias foi sanfoneiro, compositor e produtor musical borboremense, nordestino, brasileiro e latinoamericano.
Seu pai era um dos mais afamados sanfoneiros do sertão paraibano que também era mecânico e afinador de sanfonas, foi dele que o primogênito Abdias recebeu os primeiros ensinamentos musicais pra pilotar a sanfona.
Aos  12 anos já era um craque no acordeon fazendo vez de solista na Radio Difusora de Alagoas; ele fora descoberto por um radialista da capital em  Palmeira dos Índios para onde fugira correndo da seca e da fome na Borborema. Ganhando um concurso nesta Rádio escolheu como premio uma viagem à sua terra natal recebendo em troca a obrigação de se apresentar na coirmã radiofônica em Campina Grande aonde veio a conhecer Marinês, então uma garota de 14 anos que cantava escondida do pai em programas de calouros. Ela, então, tornou-se companheira e parceira de vida e música por mais de 20 anos. Estando a dupla em Propriá, Sergipe, Luiz Gonzaga assistiu e se agradou do casal os convidando para se juntarem a sua comitiva, Abdias passou a dar “descanso” na sanfona pra seu Luiz. Por muito insistir Marinês, Abdias seguiu carreira solo tocando 8 Baixos e a diva continuou como estrela do Marinês e sua Gente. Sussuanil, ritmista e irmão de Marinês, completava o trio.
Em 1960 lançou seu primeiro disco pela Columbia gravando Quadrilha do Arraiá, de sua autoria e Roedeira do Amor de Ari Monteiro e ainda gravaria mais 3 naquele ano.
     Teve grande atuação como diretor da CBS por 28 anos, produzindo muitos dos artistas nordestinos no sul maravilha como : Jacinto Silva, Oswaldo Oliveira, João do Pife, Banda de Pífano Zabumba Caruaru, Trio Nordestino, Os 3 do Nordeste, Coronel Ludugero, Jacinto Limeira, Messias Holanda, Elino Julião, Jackson do Pandeiro, Genário do Acordeon, Edson Duarte, Marlene Vidal, Dominguinhos  e tantos outros, foi responsável por muitas inovações nas técnicas de gravações em estúdios buscando sempre uma melhor qualidade dos registros musicais, muitas até hoje utilizadas. Foi demitido a pedido da SonyMusic que extinguiu o seu Departamento.
   Como artista solo gravou muitos discos entre compactos, LP’s em 33, 45 e 78 rpm’s, ao sais  da ingrata CBS gravou entre 78 e 88 8  discos nas Gravadoras Uirapuru (4), Copacabana (3) e Chantecler (1). Também produziu outros artistas nessas gravadoras. Gravou samba, choro, xote baião, coco, merengue e vários outros ritmos, sendo constantes as experimentações em seus trabalhos, sempre regidos e arranjados pelo inseparável sanfoneiro gaúcho Maestro Chiquinho do Acordeon.
Faleceu 7 meses antes de completar os 60 anos de idade em 1991

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