VANGUARDEIRA

Sentado em seu canto
Lamentano seu tanto
Boa romaria faz
Tano em sua casa em paz
Tem altar e procissão
Ao pé do balcão
Pra provar uma cachaça
Lamentar essa desgraça
De não ter casa pra morar
Sem ter terra onde plantar
Viver a ermo sem prumo
Num caminho sem rumo
Esse mágoa da história
Embaralha na memória
Vamos se adiantar
Essa vida terá que mudar
Vão os dedos deixam os anéis
Inda mandam os coronéis
Entram sem pedir licença
Exaltando a diferença
Da sua classe social
O poder do capital
Exibindo arrogância
Partem pra ignorância
Reprimindo todo povo
Impedindo algo novo
Que derrube o patronato
E em seu primeiro ato
Já comece abolindo
A exploração de quem trabalha
Que vive no fio da navalha
Todo dia uma batalha
Não possível mente sã
Um leão cada manhã
Deve ser sua merenda
E ainda há quem não entenda
Que o dilema de ficar filosofando
Sem estar tentando
Derrubar esse regime
Pois o lucro é um crime
Esperteza ao repartir
E preciso uma revolução pra deixar de existir.


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