Nunca foi fácil, a vida sempre foi dura
Aprendiz de ceramista, trabalhando em olaria
Tudo difícil, produção e amargura
Vez inquano invento minha alegria
Pego a caneta, imagino ser da literatura
Em outro mundo é possível a fantasia
Eu sonho alto sem ter medo de altura
Meteno o bico no meio da artistaria
Me sinto como fosse outra figura
Escrevo e finjo que seja algo parecido com poesia
No aperreio meu coco é quem me segura
Não tem arranjos mas procurano a melodia
Melodia sem arranjo
Sem cavaquinho, saxofone ou clarinete
Nem guitarra, nem um baixo nem tampouco o dedilhar de um banjo
Mas a pancada é muito forte, aqui dentro parece que bate um porrete
Sai de dentro do peito
Se acalmar pode ser que ele não aceite
Fala a torto e a direito
Cabra que nunca dá leite
Escreveu tá dito e feito
Me despeço por aqui
Sei que sou um falador
Mas só falo o que bate meu tambor
Mas só falo o que bate meu tambor.
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