AMALÁ

O prato foi feito pra Ogun 

Num boto defeito nenhum 

Saboroso dicumê

Feijão-fradinho, camarão 

E azeite-de-dendê 

Eu não tenho preconceito

Pode me oferecer

Eu respeito 

É só me mandar dizer

No dia da oferenda

Posso  ataque  bater 

Batuque come no centro 

A comida e o couro vão esquentar 

Até eu que sou ateu 

Entro em transe 

Num prato de Amalá

Ogun era o Santo dela

A quem ela quer exaltar 

O povo samba em redor

Fazendo o caboco se manifestar 

Fui criado por vó 

Pedra que  limo não deixo criar 

Por isso não  esqueço do catimbó

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