Que tem sempre um blues
Martelando minha mente
Pensamentos inquietos
No absurdo um absorto solo de Fuzz
Chove nas minhas pálpebras
Goteja os pingos de uma mágoa
Jorra do peito o sangue que corre nas veias
Na cachoeira dos olhos
Desce o sangue em água
À noite recolhidos à senzala
Em qualquer quadra de lua
A música pra acalmar
Exorcizando as dores
O que o direito não acha na rua
Tão árdua a jornada
O trago seco da dor
Pisando por sobre os espinhos
Sem esconder a tristeza
Por onde quer que se for
Eu sempre tenho comigo
O canto do meu lamento
Um cabedal de canções
Algumas são das antigas
Outras faço na hora
É blues a todo momento
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