Fui vizinho de 2 sanfoneiros, um deles, Zé inda vivo, diz que foi Luiz Gonzaga o maior sanfoneiro de todos, Zé Paraíba, o segundo ; pro outro , Manoel, era Zé Paraíba (o que mais vendeu discos) e pronto! Pra mim que já devo ter ouvido mais de mil discos de forró, foi Noca do Acordeon, mas Luiz Gonzaga dizia qie 0 Rei da Sanfona, era Mário Zan. Dominguinhos tá no time dos craques, modernizou o modo de ser tocador, agregava, era humilde e tocava e trabalhava muito. Mas tem a trinca dos 8 Baixos, Gerson Filho, Zé Calixto e Abdias que além de fazer seus discos ajudou quase todos nos primeiros 30 anos do forró fonográfico . Outros como Camarão, o visionário que montou a primeira banda pra forró, Arlindo dos 8 Baixos, Manoel Maurício, Geraldo Correia são menos conhecidos do público mas muito respeitados por seus pares que o tratavam em pé de igualdade. Cesar do Acordeon o Abianto, foi fantástico; Duda da Passira gravou ne mais de 3 mil fonogramas 3 também um disco só Tocano Noca, que nem fez Chico Justino, o talento rústico da sanfona cearense. Voninho no rasqueado araguaia-pantaneiro é outro tocador de lascar. Lili Meio, uma alagoana muito retada que gravou alguns discos tocando sanfona se vestia dw cangaceira
A Casa de Januário é um caso à parte, a família chegou a ter um programa semanal de rádio, Chiquinha, a caçula era danada e no xaxado num perdia pra ninguém; Zé Gonzaga era retado e tirava onda quando queria tocar só nos baixos, era o mais moderno, autor de Baião Psicodélico e Baile da Tartaruga. Severino Januário era o dono das 8 Baixos e tocava o baião bem batucado. Na casa de Dideus, pai de Zé Calixto, ainda saiu Luizinho Calixto e Bastinho, figura importante na popularização do brega ao lado da companheira, Hermelinda e seu cunhado Oseas, também sanfoneiro do Trio Mossoró que virou Carlos André um dos maiores vendedores de disco do gênero
Lindu além dw grande voz era excelente o instrumentista e arranjador do Trio Nordestino. O gaúcho Chiquinho do Acordeon era maestro arranjador e foi parceiro de Abdias durante seu tempo de CBS fazendo a direção musical
Pedro Sertanejo é o pai do pé de serra e ainda trouxe o seu filho Oswaldinho, talvez o mais completo sanfoneiro da história ao lado de Sivuca. Ao lado desses 2 últimos, Dominguinhos formou a fabulosa trinca que gravou discos pra Zé Ramalho, Genival Lacerda e pra Gonzagão; também gravaram Cada Um Belisca Um Pouco, ápice do imstrumental sanfônico.
Certa feita, fazendo um show em Jequié, terra de Noca, Dominguinhos disse que certa feita fez uma música e deu a fita pra Noca gravar mas ele ninca respondeu. Noca tinha um temperamento difícil e era meio retraído do "mundo artístico " preferia se enfrentar em temporadas pelo sertão onde ia curtindo a vida e fazendo os shows que apareciam e em todo lugar queriam show de Noca.
Boto na conta de Sivuca e Dominguinhos de na marcha modernizatica pra ampliar o mercado do forró eles acabaram acelerando a derrocada de uma cena muito popular, arraigada no Nordeste e entre os imigrantes no sul; muita mesa focou sem comida enquanto os artistas da classe média foram tomando o lugar da turma forrozeira com ajuda da televisão e das fm's.
Oswaldinho eu acho um grande produtor desde o primeiro de Tororó do Rojão e depois o de Jacinto Silva onde o piano entrou no coco de embolada, os discos de Raimundo Sodré e até desenvolvimento da primeira sanfona eletrônica contou com a sua consultoria pois os anos de sanfona castigaram sua coluna e p peso dela a tornou dolorosa pra ele.
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