Um casebre no meio do que um dia já foi estrada
Hoje já não é mais nada
O mato virou mata
O velho cemitério ruiu
A tranca do portão sucumbiu
Não há horário nem data
O calendário sumiu
Não há ninguém, não há informações
Nem primeira, nem segundas intenções
O barulho do vento sob os paredões
Rochosas formações
Mas gente, gente mesmo?
Não há
Pouco importa que houve
Ou se haverá
Estrada ou itinerário
Real ou imaginário
Só um surreal diálogo solitário
De mim pra mim
Não digo sim
Não tenho certeza
Um chute na mesa
Estou de bobeira
Cansei da cadeira
Vou sair por aí
Essa ânsia precisa explodir
Preciso dizer, preciso dizer
Preciso você
Aí, aí, aí, aí, aí,aí,aí,aí,aaaaaaai
Cadê, cadê, cadê … você
Tá no pé da garganta, tá pra explodir
Será que alguém vai ouvir.
Me diz, me conta, qual é….?
Saiba que estou aqui
Pode contar comigo
Pra briga pro samba, pro trampo
Que seja tranquilo, que tenha perigo
Que tire o sono, que perturbe a paz
Meu samba termina aqui
Desculpa a todos se falei de mais
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