OUTRA VEZ O AMOR

Na beira do Maracaçumé

Assobiando  e fazendo canções 

Adelino fez sua profissão de fé 

A sina de confortar corações

Cantando as peças que o amor prega 

Com suas  tristezas e desilusões 

Sucessos  inesquecíveis da música brega 

Cantados por um passarinho 

Aninhado no Maranhão 

Estava triste por ter  amado

A quem só lhe devolveu  a ingratidão 

Uma dor alojada em seu coração

Movia e comovia o embriagado 

Cantor apaixonado do povão


Bebia, bebia porque sofria

Bebia assim como eu

Quem nunca bebeu algum dia

Nem amou nem tampouco sofreu

Bebe chora  feito  menino

Quem lembra é  porquê  não esqueceu 

Quando lembrou doeu

Tava escutando  Adelino


Quando  conheci Madalena 

Ouvindo Adelino eu estava

O passado hoje condena

Bebia cachaça e chorava

Inda choro pois ainda  sei

Que quem tanto amei

Na verdade não me amava.


Vou deixar este bar

Sair pela rua, vou caminhar

Me iludi novamente 

Vou me apaixonar 

Sempre na minha mente 

A ideia é  quente 

Um dia a gente 

Vai se encontrar 

Seja por onde for

Quero ver o desejo se realizar 

Ao som do considerado cantor

Aprecio a sua  beleza 

Esqueço a  tristeza 

Outra vez o  amor 

Nenhum comentário:

ADEUS JACOBINA

O Vei Jacobina, pseudônimo de Valdemar Ramos Oliveira que faleceu essa semana no sertão da Bahia dend'os 93 anos que ia interar em julho...