RIBEIRINHO, BAIXO RIO DAS CONTAS

Ouço barulhos à beira da estrada
No meio da mata a caminhada
Sob trilhos onde não passam trens
E ninguém vai dar parabéns
Pra minha diária luta
Triturando minha força bruta, massa bruta
E intelectual, intelectual
Intelectualmente falando
Minha força quase esgotando
Apesar do meu esforço
Me derrubam pro fundo do poço
Clac, clac, clac
Bandeirei cacau
Mas não adoçou meu chocolate
É o gato que mia
O cachorro que late
O cigarro que apaga
A saudade que bate
Machuca sem dó
Corta de biscó
Pra jaracuçu não chegar prós pés
Empurrar a canoa
Pescar tucunaré
Segurar as pontas
Ribeirinho, Baixo Rio das Contas

Nenhum comentário:

A PALHA DO MILHO

Teve um ou uma sem-vergonha  Que entocou a palha  Era pra  encher a pamonha Pegaro, botaro pra secar e guardaro Pra  depois enrolar maconha ...