Os negros
bantos foram sequestrados e vendidos como escravos nos antigos reinos de Ndongo
e do Kongo, onde hoje fica Angola, trazidos para o Brasil, trouxeram com eles o
jongo que é uma das danças de umbigada (sendo, portanto, aparentado com o semba
ou masemba de Angola),
A música
e dança são características, com desafios improvisados com cantigas ou enigmas;
o jongo, provavelmente, deriva do jogo de adivinhação angolano denominado
jinongonongo.
Era
dançado e cantado outrora com o acompanhamento de urucungo (arco musical banto
que originou o atual berimbau), viola e pandeiro, além de três tambores
consagrados, utilizados até os nossos dias, chamados de tambu ou Caxambu, o
maior - que dá nome à manifestação em algumas regiões - candongueiro, o menor,
e o tambor de fricção ngoma-puíta (uma espécie de cuíca muito grande
Os
tambores artesanais feitos de tronco e pele de animal afinados a fogo, o Jongo
era o ritmo mais tocado no alto das primeiras favelas, tendo sido uma das
matrizes mais importantes que gerou o samba. Nas casas dos antigos sambistas e
compositores de respeito da velha guarda das escolas de samba, haviam sempre
rodas de Jongo. Do ritual de encanto entre jongueiros por meio de poesia de
improviso a ser decifrada, surgiram os famosos versos de partido-alto e do
samba de terreiro, que devem ser inventados na hora pelo improvisador e
respondido pelo desafiante, uma herança clara das Rodas de Jongo.
A Casa do
Jongo, no Morro da Serrinha em Madureira, é uma referencia do patrimônio
imaterial carioca. Aberta diariamente, é a sede do Jongo da Serrinha.
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