NO TEMPO DO BISCÓ

Subia pelos ares

Fedia na cidade Baixa, Largo dos Mares

Barraco na beira do rio

Curtino fastio

Segurei as pontas

Morei ás margens

Beira do Rio das Contas

Tenho aquelas imagens

Na lavoura cacaueira

Sustentou uma oligarquia inteira

Regando uma flor murcha

Parasita brasileira

Veio a vassoura-de-bruxa

A conta chegou

Galinha dos ovos secou

O sonho dourado daquela burguesia

Que vivia que nem lesma

Mudou da noite pro dia

A coisa ficou séria

trabalhador ficou na mesma

Já vivia na miséria.


Eu já lavrei cacau

Mas me dei mal

Plantação do coronel

Mel com gosto de fel

Tinha que catar cajá

Gomo de Jaca pra chupar

O povo que empunha o biscó

Sempre levou a pior


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