SOB O SOL DE SANTO AMARO 

Uma fresta de claridade

Rompe a névoa matinal

São Paulo, capital

Perda de identidade 

Crack, cachaça e fumo

Despertando a cidade

Substratos do consumo

Gente desperta sem rumo

Sem forças, já nem lutam

Jardim sem flores 

O cinza sobressai-se entre as cores

Filhos choram mães não escutam

Nem os choros, nem as dores 

Nas vitrines objetos tentadores 

Qualquer desejo é caro

Sob o sol de Santo Amaro 

Á noite, a lua

Clareia quem dorme na rua

A criança cantou ciranda 

No adulto a tristeza quem manda

Futuro é palavra inexistente 

Na pronúncia de sobrevivente

Quem vive é quem sente

Desorganiza a mente

Sonhou a Disneylândia

Acordou na cracolândia


Nenhum comentário:

O GENRO SEM SORTE

 (uma toadinha de Vaquejada lembrando de Kara Véia) Gostaria de chamar de meu sogro Sinobilino  Que me conhece derna de minino Lá da Várzea ...