TEZ CRUEL

Onde não há mais nada
Foi lugar de muita fartura
Escrito tudo e relatado 
No canto oculto da escritura
Onde se escondera
Acuada tal criatura
Em várias imagens
Sempre a mesma figura 
De arcabouço frágil 
E base insegura
O pão indócil amassado
No  amargo fel  da amargura 
O abraço cortante  
Da adaga afiada que fura
Pinga a cor encardida da tinta
Na rasurada pintura
Parada naquela parede, 
É só uma parte da partitura .
Na corda bamba
A engrenagem costura
Tecendo a tez cruel
Que acoberta a vida dura.

Nenhum comentário:

O GENRO SEM SORTE

 (uma toadinha de Vaquejada lembrando de Kara Véia) Gostaria de chamar de meu sogro Sinobilino  Que me conhece derna de minino Lá da Várzea ...