EPITÁFIO PR'UM SEM TERRA ASSASSINADO



Quando vejo um SEM TERRA morto, ponho-me a pensar: poderia ter sido eu, poderá ser eu. A seca medonha me tangeu que nem gado, abandonei a roça mas não a batalha.
Triste notícia, quem ficou morreu abatido que nem gado, à beira da estrada.
Mataram mais um nessa guerra que corre silenciosa nos debates e notícias de um país que persegue índices, superávitis, desenvolvimento, "estabilidade", soluções pro trânsito, copa, olímpiadas, exposições e eleições.
Mataram mais um Sem Terra covardemente, como sempre faz o latifúndio, hoje batizado de agronegócio, na certeza da impunidade.
Guerra sempre vem de lá, já passou da hora da guerra partir daqui. Não há alternativa, ou o fim do capital no campo e na cidade, ou o nosso fim lento e agonizante, perdendo gente assassinada a mando dos grileiros "modernos".

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