NOTÍCIAS TRISTES: SEM CELSO, SEM DONA NEGA
RUMO AOS 100
Um ensaio cipriota
GABINETE DO AMOR
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
Mora no meu coração
Aquela que é mais bonita
Eu digo, ela desacredita
É imensa a paixão
Fonte da inspiração
A quem tanto quero bem
Lhe fiz uma declaração
Durante o trajeto do trem:
Sem amor ninguém vai,
Sem amor ninguém vem!
Vai e vem, vem e vai,
Vem e vai, vai e vem.
Tanta paixão que eu tenho
Tão intensa ninguém tem,
Quem não se sente capaz
Tente sentir também
Mande recado e bilhete
Quem não canta Gabinete
Não é cantador pra ninguém!
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
ME ACHO (Penso que Sou)
AMALÁ
O prato foi feito pra Ogun
Num boto defeito nenhum
Saboroso dicumê
Feijão-fradinho, camarão
E azeite-de-dendê
Eu não tenho preconceito
Pode me oferecer
Eu respeito
É só me mandar dizer
No dia da oferenda
Posso ataque bater
Batuque come no centro
A comida e o couro vão esquentar
Até eu que sou ateu
Entro em transe
Num prato de Amalá
Ogun era o Santo dela
A quem ela quer exaltar
O povo samba em redor
Fazendo o caboco se manifestar
Fui criado por vó
Pedra que limo não deixo criar
Por isso não esqueço do catimbó
SEXO SELVAGEM, GOURMET SACANAGEM
UMBURANA DE CHEIRO
Ciarense no nome
Mascar engana a fome
É Cumaru Caatingueiro
Da família da cerejeira
É umburana de cheiro
Pra doenças respiratórias e intestinais
Pra tudo que der gemedeira
E otas cositas más
O caroço serve
É só pisar
No copo com água misturar
A casca serve
Pra fazer chá
Pra mastigar
Ferver e tomar
Cascas e folhas cozinhar
Banho de cuia
Na água morna tomar
Pra mordida peçonhenta
Machucado por dentro
Pra ferida cicatrizar
Melhor que água benta
Foi pro roçado roçar
Caipi ou destocar
Na hora de ir pra casa
Feixe de lenha levar
Machado é perigoso
Vacilo transforma em corte
Não pode brincar com a sorte
O aroma do cheiro é calmante
Acalma logo quem sente
Melhora e segue adiante
De infusão na garrafa
Tempera o aguardente
Na hora de bater a boia
Bom pra queimar o dente
Aliviar o queixume
No trago o catingueiro
Degusta todo o perfume
Da umburana de cheiro
OS CINEMAS MAMBEMBES E MARGINAL DOS "TURCOS"
NÓ DE CABAÇA
Quis saber de certeza
Perguntei a minha vó
Vai depender da destreza
Do vivente que deu o nó
O erro não é aceito
O laço sai
O nó desfeito
A cabaça cai
Água derrama
Na terra é lama
E beber num vai
Um pé de coité
Parece ser de cabaça
Porém parecer não é
Quando é grande o maxixe
Chamado de maxixão
Seca e vira caxixe
Guizo de percussão
A cabaça no meio cortada
Vira cuia
Vasilha agamelada
Uma pequena tuia
De pegar farinha
Fura, tira pivide e caroço
Arranje uma linha
Amarre no pescoço
Mas cuidado com o nó
Não é de qualquer jeito
Aperte sem ter dó
O erro não é aceito
O laço sai
O nó desfeito
A cabaça cai
Água derrama
Na terra é lama
E beber num vai
FALANSTÉRIO ( Anti-Dhuring)
Os sentidos como guias da felicidade
Contra os poderes estabelecidos
Da velha sociedade
Assim pregava Fourier
A filosofia da boa vontade
Do que cada um quiser
Com o que cada um fazer
Pro que cada um fizer
No quê cada um dizer
Um rechaço moral
Trabalho como prazer
A paixão é fundamental
Exercício da vocação
Propriedade coletiva
Dos meios de produção
Contra a monotonia do sério
Proscrita no Index Librorum Prohibitorum
A ideia do falanstério
Pregava o bem comum
Ajuda mútua
O todo sendo um
Pra todo mundo
Pra cada um
O fim do antagonismo
E de toda hipocrisia
Descentralização e harmonia
Da família monogâmica
Do Poder e da hierarquia
Mas, li no Anti-Dhuring
O socialismo utópico
Não passa de fantasia
Embora de tese libertária
Não se pode dizê-la
Radical e revolucionária
Não muda nada
Se não abolir
A Propriedade privada
Esse mal tão específico
Taí a diferença fundamental
Do socialismo utópico ao socialismo científico
2 PRA1
CICATRIZ
O PRÓPRIO SE DESCONHECE
TANINO DO ADEUS
LUGAR DE FALA
SIMPLÓRIA HISTORIA DE UM AMOR QUE ACABOU ( Desgamou)
O GENRO SEM SORTE
(uma toadinha de Vaquejada lembrando de Kara Véia) Gostaria de chamar de meu sogro Sinobilino Que me conhece derna de minino Lá da Várzea ...
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Em Yoruba os adjetivos sempre são escritos após o substantivos. Os adjetivos não fexionam em gênero e número, quer dizer, não possui...
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Tava aqui ouvindo uns Tambor de Crioula e, dei uma passadinha em Bandeira de Aço, fui vendo outras coisas e, como apreciador dos sons que ...