RAPIDINHA ( A Crônica do Dia Seguinte)
ONDE NENA ESTÁ ?
DE SANFONA E SANFONEIROS
AS COISAS DAS ALAGOAS
Há 60 anos o Trio Nordestino lançou, do baiano Gordurinha Carta a Maceió falando sobre o deslumbramento de um alagoano com a então capital federal. Maceió que ganhou outro hino quando Carlos Moura escreveu Minha Sereia, que fez grande sucesso na Bahia onde toca até hoje.
Pode reparar que muitos ritmos e modalidades têm sua variante alagoana: xaxado, martelo, pagode, baião, galope, pife, maxixe, samba, coco de roda, folguedos, reisado , chegança, coco-ciranda .... e está por lá um dos nossos berços musicais. Baião das Alagoas gravado ppr Paulo Diniz gravou, de uma parceria com Juhareiz Correya, el Baião das Alagoas em 76 eu acho um dos baiões mais bem arranjados que já ouvi . Gonzaga e Clara Nunes gravaram Viola de Penedo de Luiz Bandeira, lindo baião de viola. Alceu, no ápice do udigrudi fez Espelho Cristalino que batizou o disco e a mina da história era uma baiana que morava em Maceió Alceu também gravou Martelo Alagoano no disco Cavalo de Pau; Zé Ramalho também tem uma música batizada de Martelo Alagoano. Tororó do Rojão, o Manoel Apolinário, craque de bola e do ritmo, alagoano que viveu e faleceu em Maceió, Sigura Minino
Foi nas Alagoas que Manoel Biano há 100 anos iniciou o Zabumba Cabaçal que ainda hoje vive no Zabumba Caruaru. Chiquinha Gonzaga gravou Xaxadinho das Alagoas com seu irmão Zé Gonzaga; Lili Melo gravou Xote Alagoano; Pedro Sertanejo gravou Forro. Alagoano e seu filho Oswaldinho o imitou
No célebre disco de Waldete e Seus Cometas, Adeus Jacobina tem samba de zabumba e isto é coisa do sertão baiano na divisa alagoana. Joana Flor das Alagoas acho uma das mais belas de Elomar
Das Alagoas vem o batuque de Palmares, tronco raiz da insubordinação negra e esse é um capítulo muito grande pra fazer aqui. O Aboio e a Cantoria de Repente, assim como o Coco de Embolada, também. Sabido que vem de lá a literatura universal de Graciliano de Vidas Secas São Bernardo.
A cultura alagoana chegou até mim através dos imigrantes que vieram pra região trabalhar nas monoculturas do algodão nos anos 30/40 do século passado; depois vieram o feijão, a mamona e o sisal. Muitos acabaram ficando por aqui e a proximidade do Rio São Francisco tornava não tão longe esse o intercâmbio. Atraves desse povo nas visitas, conversas, convivência muito aprendi sobre lá.
Tanto ainda teria pra dizer o quanto me influenciou as coisas da terra alagoana
https://youtu.be/jBgT4_qQMog?si=rFH5T8hJg2hCMf3q
A LITERATURA ME FEZ ESCREVEDOR
A PALAVRA É FERRAMENTA
CORAÇÃO INSANO (UM DISCO DE WALDICK SORIANO)
DO CORDEL
A VANGUARDA COMBATE A REAÇÃO
LEVADA PRA LIA
A PETIÇÃO DE GAPON
ABC SULETRADO
Fê, guê, lê, mê, nê, rê, si......
Oh! faltou o ji
Depois do guê
Antes do lê
A, bê, cê, dê, é, fê,
Guê, agá, i, ji, lê, mê,
Nê, ó, pê, quê, rê, si,
Tê, u(vis), vê, xís, zê
Dáblio, cá e psilone
Fê, guê, ji, lê, mê, nê, rê, si
Meu alfabeto eu canto assim
Sotaque gravado em mim
Insansin, issassim, isso assim
Ansim, insansin, ansim
Pê rê ó, pró; fê é si, fés; si ó sô, rê a rá
Professora
É lê é, lé; fê a nê; fan, tê e, té
Elefante
A, rê a, ra, rê a, rá
Arara
Cê agá o, chó; cê o có, lê e, jé tê e i, tei; rê a, rá
Chocolateira
Chaco-chaco, laco-laco, teé-tei, rê-ará
Rê e, ré; pê e nê, pen; tê i si, tis; tê a, ta
Repentista alfabetizado
Gosta de soletrar Quadrão
Lá no meu sertão
Tinha que aprender
O caboco só lia
Quando sabia
Ôto ABC
DERRADEIRO ATO, DERRADEIRA HORA
SEXTILHA DO BELO MONTE
BEBO PRA NÃO ESQUECER
NOS 10 DE GALOPE NA BEIRA DO MAR
Beira mar, beira mar
O sertão é mais distante
Fica bem mais adiante
Dos que não querem enxergar
Mesmo assim eu vou falar
É coco, cantoria e repente
Improvisado da mente
Centelha pra detonar
De prontidão pra disparar
Nos 10 de galope na beira do mar
Beira mar, beira mar, beira mar
Acompanho a ideia
No tempo da Pangeia
O sertão foi beira mar
Esse coco é pra lembrar
A seca quando encosta
Raleia a caatinga
Pouca água na moringa
O trovão não manda respostas
O sol quente nas costas
Quintura de rachar
Nem adiantou tentar
O que plantou perdeu
Nem o milho colheu
Nos 10 de galope na beira do mar
Beira mar, beira mar, beira mar
Acompanho a ideia
No tempo da Pangeia
O sertão foi beira mar
Esse coco é pra lembrar
Procurar um serviço fora
Pra poder sobreviver
Fiado ninguém quer vender
Difícil ver uma melhora
Maldita a classe que explora
Vive de parasitar
Se ocupando em governar
Corrupção e maldade
Dizem fazer caridade
Nos 10 de galope na beira do mar
Beira mar, beira mar, beira mar
Acompanho a ideia
No tempo da Pangeia
O sertão foi beira mar
Esse coco é pra lembrar
Pro meu avô era assim
Também no tempo de papai
Vai e vem, vem e vai
A luta não tem fim
Será assim depois de mim
Muita coragem pra encarar
O que vier enfrentar
Vai saber o quanto custa
A vida é mesmo injusta
Nos 10 de galope na beira do mar
Beira mar, beira mar, beira mar
Acompanho a ideia
No tempo da Pangeia
O sertão foi beira mar
Esse coco é pra lembrar
Beira mar, beira mar
O sertão é mais distante
Fica bem mais adiante
Dos que não querem enxergar
Mesmo assim eu vou falar
É coco, cantoria e repente
Improvisado da mente
Centelha pra detonar
De prontidão pra disparar
Noa 10 de galope na beira do mar
Beira mar, beira mar, beira mar
Acompanho a ideia
No tempo da Pangeia
O sertão foi beira mar
Esse coco é pra lembrar
ARTISTA EU JÁ NEM ERA
CONJUGAÇÕES DOS PRETÉRITOS
INÁCIO DA CATINGUEIRA E A MÉTRICA NO REPENTE
Antes de Inácio da Catingueira, nascido escravizado, a cantoria de repente nordestina era de rimas simples A-B-A-B ou A-B-B-A. Nicandro Nunes da Costa, Silvino Pirauá Lima, Francisco Romano Caluete (vulgo Romão do Teixeira ou Romão de Mãe D'água) já vinham divulgando a arte trazida à região que compreende o Pajeú, o Sertão do Moxotó, a Serra de Santana e Cariri entre os estados de Pernambuco e Paraíba, resvalando até o Ceará. Consta que foi Agostinho Nunes da Costa e seus filhos Antônio Ugolino Nunes da Costa e Ugolino do Sabugi na metade do século XIX; Inácio apareceu já no último quarto do mesmo seculo e desenvolveu as métricas, incorporou a sextilha e trouxe outras formas de versos rimados ao repente e as quadras iniciais foram esquecidas. Veio a geração que trouxe Severino Pinto (Pinto do Monteiro), os irmãos Otacílio e Lourival Batista (Louro do Pajeú), Aderaldo e Zé Limeira e no final dos anos 60, início dis 70 veio uma turma disposta e arrojada trazendo Ivanildo Vila Nova, Bule-Bule, Pedro Bandeira, Mocinha da Passira, Geraldo Amâncio, Severino Feitosa, Sebastião da Silva, Oliveira de Panelas e outros. Esta turma foi responsável pela organização coletiva dos cantadores pelo reconhecimento profissional do repentista que tem como marco o Congresso realizado no ano de 1974 na cidade de Campina Grande na Paraíba .
Hoje se faz reoente em :
sextilha
sete linhas ou sete pés;
moirão;
moirão de sete pés;
moirão trocado;
moirão que você cai;
moirão voltado;
décima;
martelo agalopado;
galope à beira-mar;
parcela;
quadrões;
quadrão trocado;
gabinete;
toada alagoana;
meia quadra;
gemedeira;
ligeira
SAMBA JAZZ
DISTIORÔ
TORPOR
DESCULPAS
CRÍTICA DA KANTORIA PURA
Poeta que diz ser letrado
Que no colégio foi estudado
Se saiu de lá diplomado
Vai me responder o que lhe foi perguntado
Me diga o que Immanuel Kant
deixou de legado?
Sei do legado de Kant
Já que pede que eu cante
Sou enciclopédia ns estante
E lhe respondo nesse instante
Que no meu ponto de vista
O filósofo iluminista
Deixou o referencial teórico
Do imperativo categórico
Como alvo das sensações
Objetos gerando impressões.e reconhecido na forma
Assim diz sua norma
As impressões ganham sentido
Se houver sensibilidade
As coisas do mundo serão conhecidas
pras que aconteçam
e apareçam
Ajustada ao desejo e a vontade
Espaço e tempo são propriedades subjetivas
o comodismo, a covardia e a preguiça
são forças ativas
A verdade que a moderna filosofia burguesa hoje é
Substrato de Kant, nota de rodapé
Favorável ou sendo contra
Nele se encontra
O universo explicado pelo pensamento
Não mais do desvelamento
No idealismo transcendental
O aprendido tem significado parcial
Sua ética fundamenta-se na razão
Mas não saberíamos de nada
Não fosse a intuição
E se não determinar o tempo
Confunde-se o sentido
o conceito será equivocado
Assim foi respondido
Conforme me foi perguntado
Demonstrei o que Imanuel Kant
Deixou de legado.
A DANÇA DA RAÇA
MANÉ GOSTOSO
FARINHA AO VENTO
VAQUEIRO FAKE
CANAVIAL, FÁBRICA, CAPITAL
PRIZUNHA
NOS 20 PÉS DO MARTELO ALAGOANO
Pra você que cativou meu coração
Mando uns versos pra que nunca esqueça
Caso você apareça
Fique de recordação
O relato da minha paixão
Estarei lhe esperano
Continuo lhe amano
Volte quando quiser
Pois você é a mulher
Com quem vivo sonhano
Dia e noite, noite e dia
Tanto faz dormino ou acordado
Em você vivo ligado
Você é minha alegria
Em minha fantasia
Você sempre tá presente
Alumia meu repente
Entre nós o oceano
Mas tá sempre no meu plano
Ganhar dinheiro e juntar
Pra atravessar o mar
Nos 20 pés do Martelo Alagoano
Carimbolada
EM TURVAS
ELA VAI VOLTAR
POR QUEM NÃO MERECE
CACHORRA QUE NUM SE PODE CRIAR PERTO DE GALINHA
SONORA COMPLIANCE
SHANGRI-LÁ, O Horizonte Perdido
TENTA NOVĪÃ
NOTÍCIAS TRISTES: SEM CELSO, SEM DONA NEGA
RUMO AOS 100
Um ensaio cipriota
GABINETE DO AMOR
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
Mora no meu coração
Aquela que é mais bonita
Eu digo, ela desacredita
É imensa a paixão
Fonte da inspiração
A quem tanto quero bem
Lhe fiz uma declaração
Durante o trajeto do trem:
Sem amor ninguém vai,
Sem amor ninguém vem!
Vai e vem, vem e vai,
Vem e vai, vai e vem.
Tanta paixão que eu tenho
Tão intensa ninguém tem,
Quem não se sente capaz
Tente sentir também
Mande recado e bilhete
Quem não canta Gabinete
Não é cantador pra ninguém!
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
Quero bem, quero bem
Meu amor queira também
Igual você não tem ninguém
ME ACHO (Penso que Sou)
AMALÁ
O prato foi feito pra Ogun
Num boto defeito nenhum
Saboroso dicumê
Feijão-fradinho, camarão
E azeite-de-dendê
Eu não tenho preconceito
Pode me oferecer
Eu respeito
É só me mandar dizer
No dia da oferenda
Posso ataque bater
Batuque come no centro
A comida e o couro vão esquentar
Até eu que sou ateu
Entro em transe
Num prato de Amalá
Ogun era o Santo dela
A quem ela quer exaltar
O povo samba em redor
Fazendo o caboco se manifestar
Fui criado por vó
Pedra que limo não deixo criar
Por isso não esqueço do catimbó
SEXO SELVAGEM, GOURMET SACANAGEM
UMBURANA DE CHEIRO
Ciarense no nome
Mascar engana a fome
É Cumaru Caatingueiro
Da família da cerejeira
É umburana de cheiro
Pra doenças respiratórias e intestinais
Pra tudo que der gemedeira
E otas cositas más
O caroço serve
É só pisar
No copo com água misturar
A casca serve
Pra fazer chá
Pra mastigar
Ferver e tomar
Cascas e folhas cozinhar
Banho de cuia
Na água morna tomar
Pra mordida peçonhenta
Machucado por dentro
Pra ferida cicatrizar
Melhor que água benta
Foi pro roçado roçar
Caipi ou destocar
Na hora de ir pra casa
Feixe de lenha levar
Machado é perigoso
Vacilo transforma em corte
Não pode brincar com a sorte
O aroma do cheiro é calmante
Acalma logo quem sente
Melhora e segue adiante
De infusão na garrafa
Tempera o aguardente
Na hora de bater a boia
Bom pra queimar o dente
Aliviar o queixume
No trago o catingueiro
Degusta todo o perfume
Da umburana de cheiro
OS CINEMAS MAMBEMBES E MARGINAL DOS "TURCOS"
NÓ DE CABAÇA
Quis saber de certeza
Perguntei a minha vó
Vai depender da destreza
Do vivente que deu o nó
O erro não é aceito
O laço sai
O nó desfeito
A cabaça cai
Água derrama
Na terra é lama
E beber num vai
Um pé de coité
Parece ser de cabaça
Porém parecer não é
Quando é grande o maxixe
Chamado de maxixão
Seca e vira caxixe
Guizo de percussão
A cabaça no meio cortada
Vira cuia
Vasilha agamelada
Uma pequena tuia
De pegar farinha
Fura, tira pivide e caroço
Arranje uma linha
Amarre no pescoço
Mas cuidado com o nó
Não é de qualquer jeito
Aperte sem ter dó
O erro não é aceito
O laço sai
O nó desfeito
A cabaça cai
Água derrama
Na terra é lama
E beber num vai
FALANSTÉRIO ( Anti-Dhuring)
Os sentidos como guias da felicidade
Contra os poderes estabelecidos
Da velha sociedade
Assim pregava Fourier
A filosofia da boa vontade
Do que cada um quiser
Com o que cada um fazer
Pro que cada um fizer
No quê cada um dizer
Um rechaço moral
Trabalho como prazer
A paixão é fundamental
Exercício da vocação
Propriedade coletiva
Dos meios de produção
Contra a monotonia do sério
Proscrita no Index Librorum Prohibitorum
A ideia do falanstério
Pregava o bem comum
Ajuda mútua
O todo sendo um
Pra todo mundo
Pra cada um
O fim do antagonismo
E de toda hipocrisia
Descentralização e harmonia
Da família monogâmica
Do Poder e da hierarquia
Mas, li no Anti-Dhuring
O socialismo utópico
Não passa de fantasia
Embora de tese libertária
Não se pode dizê-la
Radical e revolucionária
Não muda nada
Se não abolir
A Propriedade privada
Esse mal tão específico
Taí a diferença fundamental
Do socialismo utópico ao socialismo científico
2 PRA1
CICATRIZ
O PRÓPRIO SE DESCONHECE
TANINO DO ADEUS
LUGAR DE FALA
SIMPLÓRIA HISTORIA DE UM AMOR QUE ACABOU ( Desgamou)
MESTRE NILO AMARO E OS ESQUECIDOS CANTORES DE ÉBANO.
ANJOS QUE CANTAM- Um disco seminal
Moisés Cardoso Neves adotava o nome artístico de Nilo Amaro era Maestro de Arranjo e Regência autodidata que fazia música negra religiosa mas experimentava peças do cancioneiro nacional e os "spirituals:, música religiosa americana. Nilo era Tenor e formou um coro de 9 vozes negras femininas e masculinas: um soprano, um mezzo soprano, um contralto, dois baixos, um tenor e três barítonos. Gravaram 2 LP's pela Odeon em 61 e 63, fizeram vários shows pelo Brasil e no exterior. Douglas Júnior contava que nos EUA o empresário sumiu com a grana e eles só voltaram ao Brasil com ajuda da Embaixada.
Amaro foi o primeiro a trazer pra nossa música os "spirituals", que eram os cantos dos negros escravizados no Sul dos EUA. Estas cantigas evocavam a religiosidade,os costumes tradicionais ou davam a letra de revoltas e rotas de fuga, os spirituals foram super importantes para a preservação da cultura e da identidade do povo negro na América do Norte. Toda black music veio daí: gospel, jazz, soul, blues, R&B, Be Bob…
Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano em referência a árvore nobre, densa e escura africana. Eles foram inovadores misturando o jazz e a música brasileira tradicional ou moderna.
Lançaram três compactos, em 78 rotações, um pela Dó Ré Mi e dois Odeon, no terceiro "A Noiva" e "Greenfields", e "Leva Eu Sodade", fizeram sucesso que possibilitou gravar este L, Anjos Que Cantam, um disco fundamental pra história da música brasileira e, mais ainda, da música negra neste país
Após o término do grupo Nilo Amaro se virou dando aulas de canto (Jair Rodrigues e Wando estudaram com ele) e formando corais até que em 2004 veio a falecer aos 76 anos em Goiânia onde residia desde 1998.
Douglas Junior, radialista que morreu em 2010 aos 74 anos, Darci Gonçalves era cantor evangélico e foi o único a comparecer ao enterro do Mestre onde declarou que além de Noriel, uma das vozes femininas também falecera . Noriel, com extensão vocal de baixo profundo , a voz de mais destaque no grupo, morreu ainda jovem aos 38 anos em 1975; seu disco Eis o Homem, lançado em 1969 vendeu 200 mil cópias. Outro integrante do grupo foi Noel, que formou o Trio Melodia ao lado de Fredson e Nilton, trio muito popular entre 63/73. Meu conterrâneo Jacobina, compositor de algumas músicas gravadas oelo grupo como Uirapuru (com Murilo Latini) tem uns 20 anos que voltou pra terrinha s, pelo que sei, inda tá vivo pra testemunhar.
Nada mais pude apurar sobre estes negros pioneiros da nossa música e me sinto envergonhado pela memória deles; suas histórias eram pra serem conhecidas, seus feitos glorificados, cantados e ensinados como exemplo da altivez da música negra brasileira.
ANJOS QUE CANTAM é o primeiro dos 2 discos lançados pelo grupo é pelo contexto um disco seminal. Quando lançado não havia nada igual na música brasileira
01. Leva Eu Sodade (Tito Neto & Alventino Cavalcante)
02. Boa-Noite (Francisco J. Silva & Isa M. Da Silva)
03. Fiz a Cama na Varanda (Dilu Mello & Ovidio Chaves)
04. Canção de Ninar Meu Bem (Bidu Reis & Gracindo Junior)
05. Down By The Riverside (Dazz Jordan)
06. Greenfields (Terry Gilkson, Richard Deher, Frank Miller & Romeo Nunes)
07. A Lenda do Abaeté (Dorival Caymmi)
08. Azulão (Jayme Ovalle & Manuel Bandeira)
09. Eu e Você (Roberto Muniz & Jairo Aguiar)
10. Minha Graúna (Tito Neto & Avarese)
11. Dorinha (Tito Neto & Ary Monteiro)
12. A Noiva (La Novia) (Joaquim Prieto & Fred Jorge)
13. Uirapuru [Bonus] (Murillo Latini & Jacobina)
SUJEITO HISTÓRICO
Tenho pensado na vida
Sem compromisso com nada
Olhando pela janela
Pensando em cair na estrada
Pronto pra caminhada
Voltar por onde passei
Descobrir o que não conheço
O que vivi eu já sei
Me servirá de começo
Tesouros não encontrarei
Não buscarei por riqueza
Não parto em busca de glória
Do futuro não tenho certeza
Sou parte da história
O QUE SERÁ DE NÓS
SONHO COLORIDO
MINA DANÇADEIRA
SEGUNDA OPÇÃO
Pronunciaste que vai me abandonar
Sente-se ainda comigo
Tanto que eu me dedico
Indignado fico
Contigo
Dói ouvir você me chamar de simplesmente de amigo.
Mas se queres ir,
Vá!
Se pra ti nesse momento
É tudo que importa
Estou ciente
Que mais dia menos dia
Retornarás por aquela porta Estará sempre aberta
Pois é a estrada certa
Se der errado a tua caminhada
A cama ficará sempre arrumada
Terás sempre seu lugar
E se por acaso,
Saibas coração,
Se acaso outra estiver, temporariamente,
Enquanto estiveres fora,
Com meu corpo e o meu tesão
Na hora
Peço que vá embora
Avisada estará de antemão
Que por mais que diga que me adora
Será sempre......
...... a segunda opçãoooooo
http://prosiado.blogspot.com/2023/04/segunda-opcao.html
VALEU TONHÃO
AS SINFONIAS DE BEETHOVEN
Vocês ouvem
Em que e com qual frequência
As Sinfonias de Ludwig van Beethoven?
O que tá mais pro classicismo
Rigidez racional
Propriamente pro romantismo
Mais harmônica e estrutural
Com drama, tensão, exploração.
É visto que se trata
De uma obra de transição
Parece absurdo
O cara da peça musical mais famosa
Compôs e ao finalizar estava surdo
O seu segredo
Era que tinha medo
Medo do que aconteceu
Não teve remédio
A trompa de Eustáquio rompeu
Encheu de líquidos o ouvido médio
Vocês ouvem
Em que e com qual frequência
As Sinfonias de Ludwig van Beethoven?
Antes a sinfonia
Era tudo instrumental
Na harmonia
Veio o Bethoven valorizou o vocal
Trincou Solista e coro
Germe revolucionário
Falta de decoro
Portador da transgressão
Ouvido imaginário
Destruidor da tradição
Vocês ouvem
Em que e com qual frequência
As Sinfonias de Ludwig van Beethoven?
Moleque Calabar
Reumatol com fitopó
Guaraná do Amazonas
Pomada do peixe elétrico
Castanha do Pará
Ponta de zagaia
Mingau de tapioca
Farinha de copioba
Chifre de marruá
Ferrão de arraia
Jundiá de loca
Folha de maniçoba
Água de gravatá
Cera de mandassaia
Paçoca, milho de pipoca
Salada de taioba
Arroz doce, mugunzá
Melancia da praia
Vara de taboca
Óleo de andiroba
Bico de carcará
Bago de Sapucaia
Mocotó de vaca
Leite de mangaba
Caroço de ingá
Pena de anun
Batata de teiu
Doce de goiaba
Alcalóide de pitiá
Semente de girimun
Flor de mandacaru
Chá de jabuticaba
Raiz de dandá
Mel de jataí
Raspa do pau do quati
Ponta de faca
Unha de tamanduá
Casca de catuaba
Visgo de jaca
Maria do grito
Apronte seu patuá
Que deu no Cabrito
Moleque calabar
Carrega na mente
O que não vai no caçuá.
“Caveira My Friend” (1970), de Álvaro Guimarães. P&B/B&W 35mm 86
As aventuras de um grupo de ladrões e assassinos liderada violentamente por Caveirinha, talvez influenciados pelo manifesto de Hélio Oiticica em Cara de Cavalo (Seja Marginal, Seja Herói), a ação do grupo serve de fio condutor em sequências que exaltam ao jeto fora-da-lei de ser; regras e tabus são ignorados com deboche pra ilustrar o descontentamento daquela geração com o ambiente repressor da ditadura militar. A liberdade narrativa representava um radicalismo dispostos a romper os enunciados do Cinema Novo e trazia a periferia soteropolitana à cena
Álvaro Guimarães, falecido há 15 anos (2008) assina "Caveira, my Friend" mas é um filme colerivo, no espirito comunitário , coisa comum à época. Contam que Álvaro queimou uma cópia do filne na Praça dos Três Poderes em Brasília pra marcar seu protesto contra a Censura Federal. Inda bem que não era a única película existiam outras para que pudéssemos embarcar nessa vuagem telúrica
A Lauper Filmes, de Luiz Sérgio Person e Glauco Mirko Laurelli, co-produziu “Caveira My Friend” com Joaquim Guimarães e Orlando Senna. Parceria entre Bahia e São Paulo (sede da Lauper), que possibilitou a Glauko assinar a montagem.
Produção, Zé Américo; fotografia, Sérgio Maciel; montagem, Luiz Martins e Jovita Pereira Dias.
Elenco
Caveirinha, Baby Consuelo, Manoel Costa, Orlando Sena, Conceição Sena, Sônia Dias, Gessy Gessi, Nilda Spencer, Nonato Freire,
Trilha Sonora
Novos Baianos
LIRA DOS 17 ANOS
O GENRO SEM SORTE
(uma toadinha de Vaquejada lembrando de Kara Véia) Gostaria de chamar de meu sogro Sinobilino Que me conhece derna de minino Lá da Várzea ...
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Em Yoruba os adjetivos sempre são escritos após o substantivos. Os adjetivos não fexionam em gênero e número, quer dizer, não possui...
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Tava aqui ouvindo uns Tambor de Crioula e, dei uma passadinha em Bandeira de Aço, fui vendo outras coisas e, como apreciador dos sons que ...