O TIIÚ DA LAGOA SOTERRADA
COCADE DE LICURI
Pedro Sertanejo
Nascido
em 26/04/1927, no município de Euclides da Cunha/BA, região onde sertanejos cristãos
se rebelaram em obediência do beato contra a autoridade republicana. Pedro de
Almeida e Silva, o Pedro Sertanejo, uma lenda do forró!
Grande
tocador de fole de botão, ótimo compositor, afinador de sanfonas, produtor de
discos e radialista, foi dono da gravadora Cantagalo e de uma casa de forró:
Forró de Pedro Sertanejo.
Em 1966 fundou o
forró que levava seu nome, ali no Brás, na Rua Catumbi, 183, passagem
obrigatória da nação forrozeira em SP. Fundou a gravadora para dar voz aos
nordestinos talentosos que não tinham vez nas grandes gravadoras. Dominguinhos,
Camarão, Zé Gonzaga, Geraldo Correia, Clemilda, Zenilton, Ary Lobo e Anastácia
também fizeram discos com Pedro e, mesmo, Jackson do Pandeiro gravaram sob o
selo da Cantagalo, dos nomes mais conhecidos, somente Gonzagão e Marinês não
fizeram parte do casting.
Compôs
mais de quinhentas músicas, dentre essas Rato Molhado e Roseira do Norte (parceria
com Zé Gonzaga) figuram entre as instrumentais mais tocadas pelos sanfoneiros e
gravou mais de 100 discos.
Faleceu
aos 69 anos em 1997
Abdias, Sanfoneiro Derna de Menino.
Nascido em Taperoá em 13 de dezembro de 1933 e batizado por José Abdias de Farias, filho de Alípio Maria da conceição e Cecília Maria de Farias, Abdias foi sanfoneiro, compositor e produtor musical borboremense, nordestino, brasileiro e latinoamericano.
60 ANOS DO FORRÓ PÉ-DE-SERRA
Tentam ocultar a importância do forró na música brasileira.
A historiografia oficial
registra que foram os tropicalistas que abriram o caminho para a geração
setentista do pessoal do Ceará, Pernambuco e Paraíba, sobretudo, divulgar a
música nordestina.
O movimento forrozeiro que
começou com Zé do Norte, Manezinho Araújo, Jararaca e Ratinho nos anos 40; a
década de 50 teve na primeira metade Gonzagão, Gordurinha, Venâncio e Corumba e
Jackson do Pandeiro e na segunda veio de mangote: Gerson Filho, Abdias,
Marinês, João do Vale, Zé Calixto, Trio Nordestino, Antônio Barros, Zito da
Borborema, Dominguinhos, Onildo Barbosa e outros que reforçaram ainda mais o
terreno pra vida de Noca do Acordeon, Jacinto Silva, Elino Julião, Messias
Holanda, Toinho da Sanfona, Pedro Sertanejo, Tororó do Rojão, Zé Paraíba, Luiz
Vieira, Trio Mossoró. Esses que citei são todos de antes da onda Tropicalistas.
Aliás, Carcará que deve ter
sido a primeira gravação da turma na voz de Maria Bethânia é composição
nordestina e sobre os nordestinos de João do Vale e José Cândido que teve no
Trio Mossoró seu primeiro registro e os irmãos Oséas Lopes, Hermelina e João
Mossoró gravaram também, de Luiz Vieira, com temática nordestina Carcará de
Botina e Chapelão.
Só pra ilustrar dizendo que
existia uma cena musical nordestina antes do som universitário, muitos artistas
e um grande público formado por imigrantes, trabalhadores longe da sua terra
natal, muitos salões e muitas festas onde o pessoal se apresentava. Mas era som
de pobre, gente sem estudo, sem o glamour pequeno burguês da MPB.
Era o pé-de-serra
Considera-se 1962 como a data
de nascimento do forró pé-de-serra. Foi o ano que Pedro Sertanejo, afamado
tocador, concertador e afinador de sanfonas rumou de Euclides da Cunha no alto
sertão baiano para São Paulo de matulão, família e sanfona e lá se estabeleceu
formando um polo de aglutinação do forró nordestino em torno dos sanfoneiros e
músicos estabelecidos, principalmente, na Grande São Paulo. Pedro Sertanejo
formou conjunto, abriu casas de show, produziu e empresariou músicos, gravou
discos e abriu até gravadora para poder registrar a produção desse pessoal.
A PÉ-DE-BODE – Do pé da Muralha ao pé-de-serra
Primeiro veio a sanfona e, muito tempo depois veio o forró.
Um instrumento de sopro que
gerava som a partir da vibração de palhetas foi inventado pelos chineses três
mil anos antes de J.C. É dele que surgiu o acordeon que no ano Em 1829, na teve
a primeira patente registrada na Europa iniciando sua produção artesanalmente
enquanto ia sendo aperfeiçoado a cada unidade até que no ano de 1872 surge na
Itália a primeira fábrica que industrializou a produção.
A partir do início do século XX
as sanfonas começaram a se espalhar pelo mundo e apareceram no Brasil através
dos imigrantes alemães e italianos e devido a sua versatilidade, rapidamente se
popularizou e foi incorporada aos ritmos musicais aqui já existentes. Após o
final da 2ª Guerra Mundial, em 1947, foi fundada a primeira fábrica no país.
Aqui no nordeste, a sanfona se
tornou sinônimo de forró, embora fosse muito utilizada para execução de choros
e boleros. Uma versão das mais simples, de menor preço, porém complexa, a de oito
Baixos, também conhecida pelo nome de pé-de-bode se espalhou que nem rastio de
pólvora pelo sertão nordestino, principalmente nos enclaves da Borborema e no
Pajeú onde encontrou com o samba de coco.
O teclado, com até quatro
oitavas, e o campo de registros para timbres de diferentes instrumentos fica do
lado direito; o fole responde pela dinâmica da interpretação através da sua
abertura e fechamento, e do lado esquerdo ficam os botões, os baixos
distribuídos de acordo com o círculo das quintas. O intervalo entre o baixo e o
contrabaixo é de uma terça maior. Na diagonal os acordes apresentam-se nessa
ordem: maior, menor, sétima e diminuta.
Existem dois tipos o diatônico
ou piano e o cromático apresentando botões dos dois lados, sendo que no lado
direito a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas.
Pra tocar 8 Baixos não existe
escola, Luizinho Calixto há poucos anos publicou um Método de Aprendizado, mas
os tocadores em quase sua totalidade aprendem “de ouvido”, vendo os Mestres
tocarem.
A PARENTAIA DA PAIA
O GENRO SEM SORTE
NUNCAMENTE
DAS 30 LEIS DO CANGAÇO
O GENRO SEM SORTE
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